Nas últimas oito Palavras Cruzadas que fiz para o jornal Público, utilizei os seguintes provérbios:
Deus ajuda aos que trabalham
Muito ajuda quem não atrapalha
Onde todos ajudam nada custa
Quem não ajuda, atrapalha
Para títulos de livros, escolhi os seguintes:
Bilhete de Identidade, de Maria Filomena Mónica
Sinopse:
Num país sem tradição memorialística, no qual as poucas obras que existem representam a justificação de acções pretéritas, Maria Filomena Mónica procura apresentar a sua vida sem glorificações nem lamúrias. Não presume fornecer a Verdade, mas apenas a sua verdade: outros terão olhado as pessoas, os acontecimentos e as peripécias de que aqui nos fala de forma diferente. Num país conservador, católico e hipócrita, o tom cru deste livro poderá chocar. Mas a intenção da autora não foi essa, mas sim a de tentar perceber, e dar a perceber, uma vida, uma família e um país, entre 1902, data do nascimento da sua avó, e 1976, o ano em que, após uma estadia no estrangeiro, regressou a Portugal.
Fonte:
Alêtheia Editores
As Horas Nuas, de Lygia Fagundes Telles
Sinopse:Lygia Fagundes Telles, uma das grandes figuras femininas das letras brasileiras foi distinguida em 2005 com o Prémio Camões. As Horas Nuas (1989) é uma história em torno de uma mulher, uma actriz que conheceu a glória e que, sentindo-se envelhecer entra numa profunda crise pessoal. Num luxuoso apartamento em São Paulo, bebe e monologa. Tendo perdido o marido e o amante, mãe de uma filha que não compreende, resta-lhe a empregada que cuida dela, Dionísia, e o gato Rahul, chave importantíssima desta narrativa, com memórias incompletas das suas vidas anteriores e testemunha silenciosa da intimidade e da solidão dos outros. Há ainda Ananta, a enigmática e esfíngica figura da psicanalista, cujo sistemático silêncio a confronta implacavelmente com as suas inquietações. Rosa representa, apenas para si própria, as suas memórias, contando-as e recontando-as sempre de ângulos ligeiramente diferentes, que fazem que nunca se sobreponham, e assim vão impregnando a banalidade do quotidiano e o desarrazoado do delírio de uma magia transfiguradora.
Fonte:
Editorial PresençaQuanto aos títulos dos filmes, foram os seguintes:
Casamento Debaixo de Chuva, de Mira Nair
Elogio do Amor, de Jean-Luc Godard
Destaco as seguintes pistas e respectivas soluções:
Árvore espinhosa (acácia) do Brasil, pertencente à família das Leguminosas:
JuremaAdubo (Açores):
BuanaGrande cobra venenosa da África e da América do Sul:
MambaRaça de cão de guarda, de cabeça volumosa, focinho achatado e pêlo curto:
DogueRelativo a rapariga:
PuelarChateado (Bras., gír.):
BodeadoQue vê com dificuldade (prov.):
CatacegoPeixe seláceo, também chamado raia:
EirogaCorreia dupla que sustenta o estribo:
LoroConselho de Estado, na Turquia:
DivãDesignativo do sulfato de cobre, também chamado vitríolo azul:
LipesAntiga dança popular, muito animada:
JigaComida típica com peixe, azeite de dendê e quiabo (Angola):
CaluluPilarete que divide verticalmente uma fresta, sustentando a respectiva bandeira ou laçarias:
Mainel A mão esquerda:
SestraPalhas que ficam na joeira depois de se joeirarem os cereais:
OutoPlanta oleaginosa originária de Timor:
CamimGanho de duas partidas consecutivas ou alternadas no jogo do bridge:
RóberPeríodo em que a doença atinge a maior intensidade:
AcmeLivro de orações:
HorasCada um dos antigos quatro livros sagrados dos Hindus, escritos em sânscrito:
VedaAntiga moeda da antiga Índia Portuguesa:
BazarucoAnteparo de madeira colocado por fora da janela:
AdufaVinho muito apreciado, branco e licoroso, da Andaluzia:
XerezNome vulgar por que nos Açores e no Brasil se designa o cachalote (cetáceo):
TrebolaQuadrilha acrobática de movimentos muito rápidos, dançada só por mulheres:
CancãÓleo fixo natural:
OleolEmbarcação asiática:
SibarAntigo fiscal das mercadorias que entravam na cidade:
LealdadorDialecto indígena de Timor:
NaueteGovernador entre os Árabes e Persas:
Guazil Rabeca mourisca de três cordas:
Arrabil