12.2.10

Provérbios relacionados com o Sol

A ceia quer-se sem sol, sem luz e sem moscas.
A donzela e o açor, com as espaldas ao sol.
A figueira que pé na água e cabeça ao sol.
A mulher e a galinha, com o sol recolhida.
A mulher e a ovelha quer-se com sol à cortelha.
A mulher e o passarinho com o sol ao ninho.
À porta do avarento, sol alto e mar azul.
Abala, pastor, com as espaldas ao sol.
Água que deres a teu Senhor, não a olhes ao sol.
Água que veja o sol: sem cor, sem cheiro e sem sabor.
Amizade de genro, sol de Inverno.
Antes se adora o sol nascente que o poente.
Arrebóis de manhã trazem água à noite; arrebóis à noite trazem sol de manhã.
Barra roxa em sol nascente, água em três dias não mente.
Cantei de manhãzinha, chorei antes do sol posto.
Casa onde não entra sol, entra médico.
Cerco do sol, molha o pastor.
Chapéus de sol, relógios, moinhos de vento, bens de ribeira, terras de ladeira, mulher chocalheira, venha o diabo à escolha e leve as que queira.
Com água e com sol, Deus é criador.
Com bom sol se estenderá o caracol.
De Espanha só vem o bom sol.
Debaixo do sol nada é novo.
Do rei e do sol, quanto mais longe melhor.
É mau de contentar quem quer sol na eira e chuva no nabal.
Em Agosto dá o sol pelo rosto.
Em Fevereiro entra o sol em cada regueiro.
Em Janeiro, um porco ao sol, outro no fumeiro.
Em Novembro, chuva, frio e sol e deixa o resto.
Está a chover e a fazer sol e a raposa a encher o fole.
Faz o que manda teu senhor, sentar-te-ás com ele ao sol.
Formosa sem amor e sol de Janeiro, andam sempre atrás do outeiro.
Há sol que rega e chuva que seca.
Hóspede com sol, ao lavor.
Leste escuro, sol seguro.
Luar de Janeiro, sol de Julho.
Mais vale um raio de sol que um arrátel de sabão.
Manhã de nevoeiro, tarde de sol.
Não é o sol que faz a sombra.
Não há sábado sem sol, nem domingo sem missa, nem segunda sem preguiça.
Não há sábado sem sol, nem velha sem dor, nem moça sem amor.
Natal ao sol, Páscoa ao fogo, fazem o ano formoso.
Nem Sábado sem sol, nem Domingo sem missa, nem Segunda sem preguiça.
O alcaide e o sol por onde quer entram.
O rei é como o sol; quanto vê, alenta.
O sol aquece igualmente o rico e o indigente.
O sol da manhã não dura todo o dia.
O sol de Fevereiro matou a mãe ao solheiro.
O sol me luza que do lume não hei cura.
O sol quando nasce é para todos.
O sol quando nasce é rei, ao meio dia é morgado, de tarde está doente, à noite sepultado.
O velho e o peixe, ao sol aparecem.
Onde entra sol não entra médico.
Para quem ganhas, ganhador? Para quem está dormindo ao sol.
Pastor descuidado, ao sol-posto junta o gado.
Pela Senhora de Agosto, às sete o sol é posto.
Pelo Natal sol, pela Páscoa, carvão.
Por sol que faça, não deixes a capa em casa.
Quando chove e faz sol, alegre está o pastor.
Quando chove e está sol, bailam as manas em Campo Maior.
Quando muito arde o sol, nem mulher, nem carnes, nem caracol.
Quando o sol nasce é para todos.
Quem bebe antes do almoço, chora depois do sol-posto.
Quem canta antes do almoço, chora antes do sol-posto.
Quem dormir ao sol de Agosto, tem desgosto.
Quem não anda por frio e por sol, não tem saúde nem faz seu prol.
Quem tem cabeça de cera, não a põe ao sol.
Querer sol na eira e chuva no nabal.
Ruim árvore nem o sol a cresta.
Ruivas de manhã, chuva pela tarde, ruivas de tarde, sol pela manhã.
Sábado sem sol, ganha a rainha o carneiro.
Sai-me ao sol, disse mal ouvi pior.
Se choras por perder o sol, as lágrimas não te deixarão ver as estrelas.
Se queres ter boa fama, não te tome o sol na cama.
Sol chuvisqueiro, água no capelo da Senhora.
Sol coelheiro, água no capelo.
Sol de Agosto, calor de gostos.
Sol de Deus e sombra do dono fazem medrar a sementeira.
Sol de Inverno, chuva de Verão, amor de rameira e palavrinhas doces do meu patrão, a mim não me enganarão.
Sol e boa terra fazem bom gado, que não pastor afamado.
Sol de Inverno e chuva de Verão, não me enganarão.
Sol de Inverno, tarde sai e cedo vai.
Sol de Janeiro, sempre baixo no outeiro.
Sol de Junho madruga muito.
Sol de nevoeiro, pica como tojeiro.
Sol do lombo, vira daí logo.
Sol e vento, é meio sustento.
Sol especado, vento dobrado.
Sol frio, água no rio.
Sol na eira, chuva nas couves.
Sol na eira, chuva no nabal.
Sol na eira e chuva no nabal, seria o ideal.
Sol que muito madruga, pouco dura.
Sol roxo, chuva a olho.
Tal genro como sol de Inverno.
Todos adoram o sol nascente e mais o seu poente.
Trás da névoa vem o sol.

Nota: Como o "novo" Acordo Ortográfico os meses e estações do ano passam a ser grafados com letra pequena.

Fontes: Diciopédia e Provérbios Portugueses, de António Moreira.

2 comentários:

  1. Alguns são muito curiosos. gosto particularmente de: "Há sol que rega e chuva que seca" :)

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  2. Olá, Iolanda

    Sim, é curioso... também gosto deste: Não é o sol que faz a sombra...

    ;-)...

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